Nos Estados Unidos, a equipe de cirurgiões do hospital NYU Langone Health Center realizou o primeiro transplante duplo de pulmão totalmente robótico. A cirurgia histórica ocorreu no dia 22 de outubro, na cidade de Nova York, e está ajudando uma mulher de 57 anos com graves problemas respiratórios.
- Clique e siga o no WhatsApp
- Robô-cirurgião Da Vinci 5 aumenta precisão e reduz danos a tecidos em 43%
- Médicos em terra fazem 1ª cirurgia remota espacial via robô na ISS
Calma, os robôs-cirurgiões ainda não são autônomos (e estão bem longe de ser). Por transplante totalmente robótico, queremos dizer que a maior parte dos processos no centro cirúrgico foram feitos por braços robóticos, mas que tinham cirurgiões humanos controlando, como em um simulador da vida real.
Nesta operação, a equipe recorreu ao sistema robótico (ou robô-cirurgião) conhecido como Da Vinci Xi — no Brasil, versões deste sistema já estão em uso há alguns anos, tornando as cirurgias mais seguras.
–
Entre no Canal do WhatsApp do e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.
–
Cirurgia robótica de transplante de pulmão
A paciente Cheryl Mehrkar passou por todos os procedimentos normais do pré-operatório e, quando estava pronta, foi levada ao centro cirúrgico. Inicialmente, os cirurgiões realizaram pequenas incisões (“cortes”) entre as costelas da mulher por onde entraram os braços robóticos, com câmeras e bisturis internos. Assim, é possível separar o pulmão com uma incisão pequena quando comparada à complexidade da operação. Em seguida, os cirurgiões removem o pulmão que foi “desconectado” e implantam o órgão saudável (e recém-doado) no lugar.
“Ao usar esses sistemas robóticos, nosso objetivo é reduzir o impacto que essa cirurgia de grande porte tem sobre os pacientes, limitar sua dor pós-operatória e proporcionar o melhor resultado possível“, comenta Stephanie H. Chang, diretora cirúrgica do Programa de Transplante de Pulmão do Instituto de Transplante NYU Langone, em nota. Ela foi responsável por liderar a cirurgia.
Em setembro, Chang liderou outra cirurgia histórica no campo da medicina robótica. Ela coordenou a equipe que realizou o primeiro transplante de pulmão único totalmente robótico.
Paciente que fez transplante duplo de pulmão
A paciente Cheryl, de 57 anos, foi colocada na lista de espera por um transplante de pulmão e passou pela cirurgia devido ao seu delicado estado de saúde. Por causa da genética, ela já tinha predisposição a ter problemas que afetam o sistema respiratório. Então, aos 43 anos, foi diagnosticada com a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), que dificulta a respiração.
Há dois anos, o seu quadro piorou após ter contraído covid-19, o que tornou a missão de respirar algo ainda mais complexo — durante a pandemia, outros pacientes tiveram o mesmo problema. Até o momento, o hospital não divulgou os detalhes sobre o processo de recuperação da paciente, o que deve ser feito em breve.
Veja também:
Leia mais matérias no ItechNews .