Nesta quarta (19), engenheiros do MIT anunciaram uma nova ferramenta baseada em inteligência artificial (IA) que promete compreender como metabólitos (pequenas moléculas resultantes do metabolismo) influenciam a eficácia dos tratamentos médicos. Na prática, o objetivo é conseguir entender por que algumas pessoas respondem melhor do que outras a determinados tratamentos.
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A proposta da IA do MIT é levar a diagnósticos mais precisos e terapias personalizadas e trazer avanços significativos para a área da saúde.
A tecnologia em questão leva em conta os metabólitos, que são pequenas moléculas resultantes dos processos químicos que ocorrem no nosso corpo, como lipídios, colesterol e carboidratos. Eles desempenham um papel crucial na saúde, influenciando desde os níveis de energia até a forma como nosso organismo responde a medicamentos.
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Até recentemente, os cientistas conseguiam medir apenas uma pequena fração desses metabólitos com precisão, o que limitava nossa compreensão sobre seu impacto na saúde. É exatamente essa lacuna que a IA da ReviveMed quer preencher.
Como funciona a tecnologia da ReviveMed?
A ReviveMed usa uma plataforma baseada em IA para analisar grandes volumes de dados metabolômicos. Isso permite identificar padrões e relações entre metabólitos e doenças, ajudando a entender por que alguns pacientes respondem melhor a certos tratamentos do que outros.
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Graças a essa tecnologia, é possível identificar biomarcadores (pequenos sinais químicos no sangue ou outros tecidos que indicam presença ou risco de doenças como câncer e Alzheimer) e encontrar o medicamento mais adequado para cada paciente, reduzindo efeitos colaterais e aumentando a eficácia.
A IA também quer ajudar a acelerar pesquisas médicas, ao tornar os dados metabolômicos acessíveis para cientistas de todo o mundo, permitindo descobertas mais rápidas.
O que pode mudar na medicina?
A inteligência artificial está permitindo avanços sem precedentes na área da saúde, e o uso da tecnologia da ReviveMed pode trazer benefícios como o diagnóstico precoce: doenças como Alzheimer podem ser detectadas antes de seus sintomas se manifestarem, permitindo tratamentos preventivos.
“Historicamente, conseguimos medir algumas centenas de metabólitos com alta precisão, mas isso é uma fração dos metabólitos que existem em nossos corpos”, diz a CEO da ReviveMed, Leila Pirhaji, em comunicado. “Há uma lacuna enorme entre o que estamos medindo com precisão e o que existe em nosso corpo, e é isso que queremos abordar. Queremos aproveitar os insights poderosos de dados de metabólitos subutilizados.”
Outra projeção da IA é ajudar na medicina personalizada, de modo que cada paciente pode receber o tratamento mais adequado ao seu perfil metabólico, aumentando as chances de sucesso.
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