Os astronautas Barry “Butch” Wilmore e Suni Williams voltaram à bapós nove longos meses na Estação Espacial Internacional (ISS). Eles deveriam ter passado apenas 10 dias no laboratório orbital, mas os dias por lá acabaram prolongados devido a falhas na espaçonave Starliner. Agora que voltaram, eles precisam se readaptar à gravidade do nosso planeta.
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Pode não parecer, mas passar longos períodos na ausência da gravidade terrestre causa uma série de mudanças no corpo. Na microgravidade da ISS, os astronautas ficam expostos a perda de densidade óssea e desgaste dos músculos dos braços, perna e tronco.

Nem o coração escapa: como não precisa bombear o sangue contra a gravidade, o esforço cardíaco é bem menor. O resultado disso é que o volume de sangue diminui e a circulação perde ritmo, o que pode levar a coágulos. “Os fluidos podem se acumular na cabeça deles, então sentem como se estivessem gripados o tempo todo”, explicou Alan Duffy, astrofísico da Universidade de Swinburne.
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Após o retorno à Terra, a sensabção deve ser de como se tivessem se livrado de uma gripe que durou vários b. Além disso, a dupla vai ter dificuldades para andar, vão ter tonturas e visão turva, causada pelas mudanças no globo ocular devido ao acúmulo de fluidos.
O que acontece após astronautas voltarem à Terra
Segundo Duffy, os astronautas precisam de fisioterapia assim como qualquer pessoa que saiu de um coma. Já Brad Tucker, astrofísico da Universidade Nacional da Austrália, observa que os impactos psicológicos do retorno não são fáceis. Por isso, os médicos que atendem os tripulantes precisam equilibrar os cuidados entre o fortalecimento deles às condições do nosso planeta sem levá-los à exaustão.
O esforço vale a pena, afinal, o retorno de qualquer astronauta é como um projeto de pesquisa. É que o tempo que passam no espaço rende dados valiosos, que ajudam cientistas a investigarem por exemplo, formas de tratar pacientes que passam longos períodos de de cama.
Grande parte das pesquisas costuma ser feita com astronautas que passaram seis meses em órbita, e como Wilmore e Williams somaram quase nove, eles vão render análises interessantes para os médicos e cientistas.
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