A NASA publicou o maior panorama de Andrômeda, a galáxia vizinha da nossa Via Láctea, já capturado pelo telescópio Hubble. A imagem é tão detalhada que levou quase uma década para ser finalizada, e revela detalhes espetaculares desta galáxia.
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Foi há cerca de um século que Edwin Hubble, astrônomo norte-americano, concluiu que a aparente “nebulosa espiral” vista no céu noturno era, na verdade, uma galáxia a mais de dois milhões de anos-luz da nossa. A descoberta foi revolucionária porque, até então, os astrônomos consideravam que a Via Láctea ocupava o universo inteiro!
Agora, a NASA voltou os “olhos” do telescópio que leva o nome do astrônomo, usando-o para realizar o estudo mais completo já feito de Andrômeda. A tarefa é ousada: Andrômeda é muito maior que os objetos que o Hubble costuma observar a bilhões de anos-luz de nós. Por isso, a agência espacial norte-americana precisou de dois programas de observação e mais de mil órbitas distribuídas em mais de uma década.
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O esforço valeu a pena. Juntos, os programas permitiram a observação do disco inteiro de Andrômeda, que aparece quase na lateral em nossa perspectiva. No fim, o Hubble criou um mosaico com mais de 2,5 bilhões de pixels, que combina as observações de quase 600 campos de visão separados.
Aliás, o Hubble conseguiu observar mais de 200 milhões de estrelas de Andrômeda, detectando aquelas mais brilhantes que nosso Sol — no panorama, elas aparecem como grãos de areia brilhantes em uma praia. “Mas essa é apenas a ponta do iceberg. Estima-se que a população total de Andrômeda seja de 1 trilhão de estrelas, sendo que muitas menos massivas estão abaixo do limite de sensibilidade do Hubble”, explicou a NASA.
“Com o Hubble, podemos alcançar uma quantidade enorme de detalhes do que está acontecendo no disco inteiro da galáxia em escala holística. Você não consegue fazer isso com nenhuma outra galáxia grande”, observou Ben Williams, pesquisador da Universidade de Washington e principal investigador da iniciativa.
As descobertas proporcionadas pelo Hubble vão servir para observações futuras de outros telescópios, como o James Webb e o Nancy Grace Roman — este, essencialmente, é como uma versão do Hubble com ângulo de visão maior. “O Roman vai capturar o equivalente a pelo menos 100 imagens de alta resolução do Hubble em uma só exposição. Estas observações vão complementar e estender o grande conjunto de dados do Hubble”, finalizou a agência espacial.
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