Parece que foram encontrados novos sinais de fosfina em Vênus. A primeira possível detecção do composto por lá foi anunciada em 2020, mas agora, pesquisadores liderados por Dave Clements analisaram os dados da missão Pioneer Venus Multiprobe, da NASA, e parecem ter descoberto mais pistas do composto por lá. 

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  • O que novas buscas por fosfina nos dizem sobre a vida em Vênus?

A possível fosfina rendeu uma série debates porque o composto é uma bioassinatura, o que significa que sua presença poderia indicar vida. Por outro lado, não se sabe de nenhum ser vivo em Vênus e menos ainda em suas nuvens. Desde então, vários estudos sobre a ocorrência da molécula foram feitos. 

Já as novas observações fazem parte do projecto JCMT-Venus, iniciativa que usa o telescópio James Clerck Maxwell para detectar e monitorar moléculas como a fosfina, dióxido de enxofre e a água. Na nova análise, os pesquisadores analisaram a variação de água (como marcador) na atmosfera de Vênus. 


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Foi assim que eles encontraram os possíveis sinais da fosfina em nuvens a 55 km de altitude. Quanto maior a pressão exercida em uma molécula, mais fina é a linha do espectro da luz observada — que é o que Clements e seus colegas flagraram. 

Na Terra, a fosfina é produzida por micro-organismos; e em Vênus? (Imagem: Reprodução/ESO/M. Kornmesser/L. Calçada/NASA JPL/Caltech)

“Ainda não resolvemos adequadamente a modelagem atmosférica para isso, mas há algumas linhas amplas que sugerem o nível de partes por milhão de fosfina em torno de 55, 56, 57 quilômetros de altitude, [algo que é] consistente com os dados da Pioneer”, disse Clements.

A equipe relatou também a primeira possível detecção de amônia nas nuvens de Vênus. O composto pode ser facilmente produzido em laboratório, mas sua presença lá é considerada uma bioassinatura significativa, afinal, não se sabe de fontes produtoras de amônia em planetas rochosos sem relação com processos biológicos. 

Jane Greaves, professora na Universidade de Cardiff, no Reino Unido, comentou que se houver micróbios em Vênus, eles provavelmente iriam produzir gases inesperados. “A amônia é uma possibilidade, porque poderiam usá-la como uma forma de neutralizar o ácido [nas nuvens venusianas]”, sugeriu. 

A observação da possível amônia foi feita pelo telescópio Green Bank, nos Estados Unidos. Por outro lado, é importante ter em mente que o planeta é tão brilhante que torna difícil a calibração do instrumento, ou seja, é possível que a detecção não tenha sido exatamente da amônia. 

Portanto, ainda não foi confirmada a ocorrência de algum tipo de ser vivo em Vênus. De qualquer forma, é certo que os estudos de Greaves, Clements e seus colegas vêm mostrando que, além de o planeta ser marcado por vulcões e pressões esmagadoras, Vênus é um mundo extremamente complexo. 

Os artigos que descrevem as descobertas vão ser apresentados nos próximos dias no Encontro Nacional de Astronomia.

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