O orbitador Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), da NASA, tirou novas fotos do lander InSight, adormecido em Marte desde 2022. As imagens foram capturadas em outubro, mas foram divulgadas pela agência espacial apenas em dezembro, e mostram que os painéis solares do InSight estão cobertos pela poeira do Planeta Vermelho.
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Os cientistas da missão solicitaram a nova foto tanto para se despedirem da sonda InSight quanto para monitorarem como seu local de pouso mudou nos últimos tempos. “Embora não estejamos mais recebendo nada da InSight, ela ainda está nos ensinando sobre Marte”, comentou Ingrid Daubar, da Universidade Brown.
“Ao monitorar quanta poeira fica em sua superfície — e quanta é soprada pelos ventos e redemoinhos —, podemos aprender mais sobre o vento, o ciclo da poeira e outros processos que afetam o planeta”, explicou ela.
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Quando a InSight ainda estava em atividade, os cientistas combinavam as imagens dos redemoinhos observados pela MRO com os dados dos sensores de vento do lander. Foi assim que eles descobriram que os fenômenos perdem força no inverno, mas a recuperam no verão.
As imagens ajudaram também na investigação dos impactos de meteoroides na superfície de Marte — quanto mais crateras há em uma região, mais antigo é aquele local. Mas note que esta regra não vale para a Terra: em nosso planeta, as placas tectônicas estão em movimento o tempo todo e renovam a superfície.
Foi em 2018 que a InSight pousou em Marte. Durante seus anos de operação, ela detectou “martemotos” e revelou detalhes sobre a crosta, manto e núcleo do Planeta Vermelho. Entretanto, seus painéis solares ficaram cobertos por tanta poeira que a sonda esgotou suas reservas de energia e parou de se comunicar com a Terra. Em 2022, a NASA decidiu aposentá-la de vez.
Os engenheiros continuaram à escuta de possíveis sinais de rádio, que talvez mostrassem que os ventos limparam os painéis solares do lander o suficiente para que suas baterias fossem recarregadas. Como nada chegou nos últimos dois anos, a NASA vai parar de tentar nova comunicação com a sonda.
“É um pouco melancólico olhar para a InSight agora. Foi uma missão bem sucedida que produziu muita ciência excelente. É claro que teria sido bom se ela continuasse funcionando para sempre, mas sabíamos que isso não aconteceria”, finalizou Daubar.
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