Um novo estudo publicado na prestigiada revista científica Nature Communications revelou que, ao contrário do que se pensava, não aconteceu um evento drástico que proporcionou a extinção dos antigos neandertais e o surgimento dos “novos”, tidos como clássicos. Essa descoberta só foi possível graças a medição de um detalhe na estrutura do ouvido.

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Para chegar a essa conclusão, os cientistas mediram a estrutura do ouvido interno dos diferentes grupos neandertais. Chamada de canal semicircular, é responsável pelo equilíbrio. A pesquisa foi divulgada neste mês e realizada pelo Instituto Catalão de Paleontologia Miquel Crusafont. 

O estudo se concentrou em fósseis encontrados em dois sítios arqueológicos diferentes:


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  1. sítio Sima de los Huesos de Atapuerca (Burgos, Espanha), datada de 430.000 anos atrás, que constitui a maior amostra de pré-neandertais; e
  2. sítio Krapina (Croácia), datada de aproximadamente 130.000-120.000 anos atrás, que constitui a coleção mais completa de neandertais primitivos.

Os pesquisadores, então, compararam as amostras dos canais semicirculares de ambos os sítios entre si e com uma amostra de neandertais clássicos.

Foi então que eles observaram que não houve uma perda genética, como deduziam anteriormente. As diferenças da estrutura dos canais semicirculares dos neandertais clássicos são menores do que a dos pré-neandertais e dos primeiros neandertais,

Conhecida como “gargalo”, essa perda é consequência de uma redução no número de indivíduos de uma população, o que, neste caso, ocorreu há aproximadamente 110.000 anos.

Essa espécie humana primitiva surgiu há cerca de 250.000 anos, como uma “evolução” de populações europeias chamadas de “pré-neandertais”, que, por sua vez, habitaram o continente eurasiano (Europa e Ásia) entre 500.000 e 250.000 anos atrás.

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