Os cientistas finalmente conseguiram fazer um mapa do “sistema de esgoto” do cérebro humano, o órgão mais misterioso de todos. Esse sistema transporta o líquido cefalorraquidiano, que banha a parte externa do cérebro, para o interior, fornecendo nutrientes e removendo resíduos.
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Para o estudo, publicado no periódico PNAS, os cientistas analisaram as imagens de cinco cérebros. As descobertas chegam para reforçar uma ideia relativamente recente para a a ciência, de que os humanos possuem o chamado sistema glinfático — identificado pela primeira vez nos cérebros de ratos em 2012.
O grupo de pesquisadores marcaram o líquido cefalorraquidiano desses cinco pacientes para observar na ressonância magnética o caminho por onde esse fluido percorria.
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As descobertas sugerem que o cérebro humano não absorve o líquido aleatoriamente, e que o fluido penetra profundamente no tecido neurológico seguindo os rastros dos vasos sanguíneos.
Remoção de resíduos
Esses canais claramente são enrolados ao redor do exterior dos vasos sanguíneos, e as bordas desses espaços perivasculares são formadas por células cerebrais responsáveis por formar uma barreira permeável.
O estudo acredita que essa membrana permite que o líquido se misture com o fluido que amortece e sustenta as células cerebrais, fornecendo nutrientes e removendo resíduos.
Ao analisar as imagens, os pesquisadores observaram espaços perivasculares escuros no cérebro se tornando brilhantes ao longo do tempo, o que foi bem parecido com a imagem em camundongos.
A conclusão é que os canais do líquido cefalorraquidiano atuam como “tubos” funcionais que facilitam a distribuição do fluido.
Limpeza do cérebro
Um estudo anterior publicado na Nature descreveu a limpeza do cérebro como um evento de duas etapas: a primeira envolve u empurrar os resíduos para o líquido que envolve o cérebro, e a segunda etapa é destinada a movê-los para o sistema linfático e depois para fora do corpo.
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