Tênis, roupa, viseira, meias de compressão, todos esses itens estão na mira dos corredores de maratona como a receita do sucesso para uma prova bem feita. No entanto, um novo estudo sugere que a qualidade do ar tem um impacto no resultado maior do que se imaginava. E detalhe: o efeito é pior quanto mais rápido for o corredor.
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Realizada por cientistas da Brown University e publicada na revista científica Sports Medicine neste mês de dezembro, a pesquisa avaliou a associação entre material particulado fino no ar e os tempos de chegada em maratonas. Assim, descobriram que quanto mais poluído o dia da maratona, mais lentos os tempos médios de chegadas em maratonas.
Cada um micrograma por metro cúbico de ar de material particulado a mais no dia da corrida estava associado a tempos médios de chegada 32 segundos mais lentos entre os homens e tempos médios de chegada 25 segundos mais lentos entre as mulheres. Os efeitos foram mais pronunciados em corredores mais rápidos do que a média.
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Isso evidencia que os efeitos da poluição são sentidos até mesmo por pessoas saudáveis e atléticas, como se supõe serem os maratonistas, e seus malefícios não são restritos apenas aos considerados vulneráveis, como idosos.
Os pesquisadores descrevem que, no organismo, a poluição impacta a performance física e, consequentemente, o tempo em uma maratona ao:
- aumentar da pressão arterial,
- contrair os vasos sanguíneos,
- reduzir a função pulmonar,
- gerar desconforto respiratório,
- e até mesmo gerar problemas cognitivos de curto prazo.
Em um comunicado à imprensa, Joseph Braun, um dos autores estudo, disse que as descobertas se aplicam não apenas aos corredores de maratona, mas também a todos que vivem com poluição do ar. Braun é professor de epidemiologia na Escola de Saúde Pública da Brown University.
A pesquisa
O estudo incluiu 1.506.137 finalistas de maratona do sexo masculino e 1.058.674 finalistas do sexo feminino, e mediu os resultados em nove grandes maratonas nos Estados Unidos, incluindo corridas em Boston, Houston e Los Angeles, de 2003 a 2019.
Esses dados foram, então, cruzados com informações de um modelo estatístico criado por Allan Just, professor associado de epidemiologia, meio ambiente e sociedade na Brown, que mostrou a quantidade de partículas finas no ar em diferentes pontos ao longo das rotas da maratona.
O material particulado fino nada mais é do que partículas de poluição transportadas pelo ar menores que 2,5 mícrons de diâmetro. Elas são oriundas de incêndios florestais, queima de resíduos agrícolas, combustão ineficiente de combustível, emissões de veículos, etc.
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