O Citroën Basalt, lançado no mercado brasileiro em outubro de 2024, vem galgando degraus no ranking dos mais vendidos, mês após mês. O sucesso repentino do SUV coupé turbo mais barato do Brasil, diga-se de passagem, é plenamente justificável.
- 5 SUVs concorrentes do Citroën Basalt
- Citroen Basalt | Como o SUV promete revolucionar o mercado brasileiro?
O CT Auto passou alguns dias de posse da versão topo de linha do Basalt, a Shine Turbo, e vai compartilhar agora os principais pontos positivos e negativos do modelo da marca francesa da Stellantis.
Projetado sobre a plataforma modular CMP, a mesma de outros membros da família C-Cubed — C3 hatch e C3 Aircross —, o Basalt tem 4,343 milímetros de comprimento e um bom espaço interno, graças ao entre-eixos de 2.645 mm, ligeiramente menor que o do Aircross.
–
Entre no Canal do WhatsApp do e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.
–
O motor 1.0 Turbo 200 trabalha em parceria com o câmbio CVT de 7 velocidades e, assim, entrega ao motorista até 130 cv de potência, com boa economia de combustível. Ele é o ponto alto do SUV coupé, mas o acabamento interno, como o de toda a família francesa, deixa a desejar. Confira todas as impressões sobre o Basalt turbo.

Prós
- Conjunto mecânico
- Economia de combustível
- Ajuste de suspensão
- Isolamento acústico
Contras
- Acabamento interno
- Ausência de ADAS
- Posição dos botões (vidros traseiros e modo de condução)
Conectividade, Tecnologia & Segurança
O pacote de conectividade, tecnologia e segurança embarcado no Basalt não é o mais básico de todos, mas está longe de ser o ideal. Os destaques positivos são as duas telas digitais, de 7 e de 10 polegadas, utilizadas como painel de instrumentos e central multimídia, respectivamente.
A central, aliás, aceita conexão wireless com Android Auto e Apple CarPlay, e tem interface simples e bastante intuitiva. O SUV coupé conta com 3 portas USB, sendo uma tipo A para recarga e dados e duas de carregamento rápido para a segunda fileira, também tipo A. E as coisas boas param por aí.
O Basalt não conta com pacote ADAS, ou seja, não entrega nenhum recurso de auxílio à condução, nem mesmo na versão top de linha, como a testada pela reportagem do CT Auto. Além disso, o volante não tem ajuste de altura, apenas de profundidade, gol contra em um carro com preço acima de R$ 100 mil.

O pacote de segurança da versão topo de linha conta com 4 airbags, obrigatórios por lei, monitoramento de pressão dos pneus, assistente de partida em rampa, sensores de estacionamento traseiro, câmera de ré, faróis de neblina, luzes de condução diurna (DRLs) em LED
“Falta de recursos do pacote ADAS é uma das poucas falhas do Citroën Basalt”
Conforto e experiência de uso
O Citroën Basalt Shine, com o perdão do trocadilho, “brilha” mesmo é no quesito dirigibilidade. O SUV coupé casou perfeitamente com o conjunto mecânico formado pelo motor Turbo 200, de 130 cavalos de potência, e pelo câmbio automático CVT de 7 velocidades.
O Basalt 1.0 turbo apresentou um desempenho notável, tanto no percurso urbano quanto no rodoviário, com bom desenvolvimento em diferentes faixas de rotação, agilidade nas retomadas, maciez no rodar, mesmo em velocidades mais elevadas, e uma média de consumo impressionante, que superou até mesmo as aferições oficiais do PBEV do Inmetro, chegando a beirar os 14 km/l.
A calibração da suspensão também pareceu bastante acertada, pois o SUV coupé mostrou ter herdado o badalado “Flying Carpet Effect” da Citröen, minimizando quase que por completo a absorção das imperfeições da via, até mesmo nos trechos em que o carro foi colocado à prova em terrenos mais acidentados, com terra, pedriscos e lama.

Design e acabamento
Se a dirigibilidade é o ponto alto do Basalt, o mesmo não se pode falar do acabamento interno. Assim como os demais integrantes da linha francesa, o SUV coupé da Citroën não parece ligar muito para a qualidade dos materiais.
Embora os bancos apresentem material de boa qualidade e os encaixes também não tenham qualquer imperfeição aparente, o uso excessivo de plástico duro como material principal no acabamento para os painéis e consoles foi uma “bola fora”.
O uso de cores e texturas diferentes, mesmo expediente adotado no Citroën Aircross, deixou a cabine mais bonita e agradável visualmente, mas não escondeu o fato de que o acabamento em plástico duro pode gerar dores de cabeça, ou melhor, barulhos inconvenientes, com o passar do tempo.

Uma pena, já que o silêncio a bordo, fruto do ótimo trabalho dos engenheiros da Stellantis no desenvolvimento do sistema de isolamento acústico da cabine, é um dos pontos fortes do Citroën Basalt.
Concorrentes
O Citroën Basalt tem como principais concorrentes o Nissan Kicks, o Renault Kardian, o Volkswagen Nivus e dois “parentes”: o Fiat Fastback, que também faz parte do Grupo Stellantis, e o Citroën C3 Aircross, com quem compartilha a plataforma modular.
Em termos de motorização, o modelo francês leva a melhor sobre o rival japonês e se equipara aos demais. O maior trunfo do Basalt para ganhar mercado está no preço, bem mais atrativo que os demais concorrentes.

“Citroën apostou no preço para ganhar a concorrência com os principais rivais, e vem dando resultado”




+27
Citroën Basalt Shine Turbo: vale a pena?
Embora já tenha sofrido seu primeiro aumento de preço desde que foi lançado no Brasil, o Citroën Basalt segue posicionado como o SUV mais barato do país em sua versão de entrada, com motor aspirado e câmbio manual.
Somando-se a isso os pontos positivos que elencamos nesse review, como economia de combustível, excelente conjunto mecânico, design atraente e ótima dirigibilidade, dá para cravar que SIM, o investimento no Basalt vale a pena.
Em fevereiro de 2025, a linha Basalt tem os seguintes preços: Feel 1.0 MT (R$ 94.490); Feel Turbo CVT (R$ 115.700); Shine Turbo CVT (R$ 117.100).

* A unidade Shine Turbo, emprestada ao CT Auto para a confecção desse review, foi gentilmente cedida à reportagem pela Stellantis South America.
Leia mais matérias no ItechNews .