Um eclipse solar espetacular vai acontecer na quarta (2) e vai ser visível de diferentes partes da América do Sul — incluindo o Brasil. O fenômeno vai ser do tipo parcial em nosso país, ou seja, a Lua vai esconder apenas um pedacinho do disco solar. 

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Durante eclipses solares, a Lua passa em frente ao Sol e sua sombra é projetada em partes da Terra. No caso deste fenômeno, o eclipse solar vai ser do tipo anular em uma faixa estreita que passa pelo extremo sul da América do Sul, incluindo partes do Chile e da Argentina. 

Além dali, o eclipse vai ser visto como parcial em toda a região sul do Brasil, bem como na parte sul das regiões sudeste e centro-oeste. “Quanto mais ao sul maior será a área eclipsada”, explicou Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional. 


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Mapa de onde o eclipse solar de outubro de 2024 vai ser visível; fora da faixa vermelha, o fenômeno vai ser do tipo parcial (Imagem: Time and date)

Quem quiser acompanhar o fenômeno precisa se preparar para estar em um local com a direção oeste livre de obstáculos perto do pôr do Sol, que é quando o evento começa. Em São Paulo, o eclipse parcial começa às 16h51 e acaba às 18h23 no horário de Brasília. 

Além disso, é essencial tomar alguns cuidados para ver o eclipse em segurança, como usar proteções adequadas nos olhos e nunca olhar diretamente para nosso astro. “Óculos escuros, chapas de raio-X ou outros filtros caseiros não protegem contra os danos. É essencial utilizar filtros certificados, como os óculos especiais para observação solar ou vidros de soldador 14”, acrescentou ela. 

Outra opção é acompanhar o eclipse solar com a transmissão ao vivo do Observatório Nacional conduzida no YouTube, em parceria com astrônomos e com a organização internacional Time and Date. 

 

O que é eclipse solar?

Como você viu acima, os eclipses solares acontecem quando a Lua fica entre a Terra e o Sol e projeta sua sombra em parte do nosso planeta, algo que acontece só quando nosso satélite natural está na fase nova. Como a órbita lunar é inclinada cerca de 5º acima da órbita da Terra, sua sombra costuma passar acima ou abaixo do nosso planeta, impedindo que eclipses solares ocorram todos os meses. 

Já o tipo de eclipse depende de alguns fatores, como a distância entre a Lua e a Terra, bem como aquela entre a Terra e o Sol. Nos eclipses solares totais, o disco solar é completamente oculto pela Lua; já nos anulares, nosso satélite natural está no ponto mais distante para a Terra.

Durante o eclipse solar parcial, parte do Sol é oculta pela Lua (Imagem: Reprodução/Joseph Matus/NASA/MSFC)

Quando isso acontece, ela fica com tamanho aparente pequeno demais para cobrir o Sol por inteiro, sendo cercada pelo chamado “anel de fogo”. Finalmente, o eclipse parcial acontece quando a Lua fica entre o Sol e a Terra sem um alinhamento perfeito, bloqueando só parte do astro.

Uma curiosidade interessante é que a inclinação da órbita da Lua em relação à da Terra faz com que eclipses solares e lunares ocorram em sequência. Este eclipse solar anular, por exemplo, é o “par” do eclipse lunar parcial ocorrido em setembro. 

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