Criado em 1868 em Londres, na Inglaterra. Aperfeiçoado em 1920, em Detroit, nos Estados Unidos. Lançado no Brasil em 1935, na região central de São Paulo (SP). Mais de 100 anos depois, o semáforo de trânsito ainda funciona mais ou menos do mesmo jeito, quase sempre com as indicações verde (siga), amarela (atenção) e vermelha (pare). Mas estudos recentes propõem uma mudança: que tal adicionar a cor branca ao sistema?

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Sinal de siga o líder

Pesquisadores da NC State University, na Carolina do Norte (EUA), acreditam que uma quarta luz de tráfego pode ser usada para manter o fluxo de carros autônomos constante, sempre que possível, em vias internas, ruas públicas e rodovias.

Seria uma espécie de brincadeira de “siga o líder” aplicada ao trânsito, na qual um primeiro carro autônomo troca informações com o sistema de controle de semáforos, e com os seguintes. Se uma fila considerável de veículos autônomos for montada perto de cruzamentos, eles podem seguir sem que o sinal vermelho apareça.


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No estudo, a luz branca foi escolhida para indicar esse momento, chamado pelos pesquisadores de “fase branca”. Ela não serve para os carros, que se comunicam por sinais eletrônicos, mas sim para avisar possíveis motoristas humanos, em carros comuns, que é seguro seguir o comboio formado.

Comboio livre de autônomos poderia reduzir tempo gasto no trânsito (Foto: Aleksandr Popov/Unsplash)

Menos trânsito, menos combustível gasto

A ideia do estudo, iniciado em 2020, é que o tráfego constante de veículos autônomos pode reduzir a espera em cruzamentos, diminuir congestionamentos e, de quebra, melhorar o consumo de combustível e emissão de poluentes. Tudo na simulação, claro.

“O conceito de fase branca também incorpora um novo semáforo, para que os motoristas humanos saibam o que devem fazer. Luzes vermelhas ainda significarão pare. Luzes verdes ainda significarão siga. E luzes brancas dirão aos motoristas humanos para simplesmente seguir o carro na frente deles”, afirmou o professor doutor associado Ali Hajbabaie, um dos autores do artigo que registrou o estudo.

De toda forma, quando o sistema calcular que muitos carros comuns (sem sistema autônomo) estão se aproximando do cruzamento, os semáforos voltam a operar pelo sistema conhecido, com as três luzes de sempre.

Diferentes soluções para fluxo expresso já são usadas pelo mundo (Foto: V31S70/Flickr/CC)

Semáforos vão mudar?

Segundo os cálculos dos pesquisadores, quanto mais luzes brancas autorizarem carros autônomos a seguirem em comboio, mais benefícios o trânsito local terá.

Quando 10% a 30% do tráfego em cruzamentos for composto por carros autônomos, as simulações apontam redução de congestionamentos e de atrasos em 3%.

Se a taxa for acima dos 30% de veículos autônomos, os atrasos serão reduzidos em 10,7%.

Ainda assim, a ideia não é alterar totalmente o sistema de luzes de trânsito agora, até porque isso depende de novas leis de trânsito, verbas públicas e longo tempo de adaptação de motoristas. 

Também não há volume de carros autônomos suficiente.

E diferentes locais já usam algumas soluções para promover tráfego expresso em algumas situações – é o caso de luzes para acesso de ônibus ou as placas de “Direita Livre”, por exemplo. 

Ainda assim, para os pesquisadores, seria possível usar os dados obtidos para melhorar a gestão dos semáforos atuais, sobretudo em locais de tráfego interno – fábricas, shopping centers e aeroportos, por exemplo. E ainda melhorar a comunicação de carros autônomos com futuros sistemas de trânsito.

Hyundai - Serviço Autônomo
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