“Sol artificial” chinês estabelece recorde histórico de atividade

O Experimental Advanced Superconducting Tokamak (EAST), conhecido como “Sol artificial”, desenvolvido pela China, atingiu um novo recorde. O equipamento conseguiu manter a operação de plasma de alto confinamento em estado estável por 1.066 segundos, ou seja, pouco mais de 17 minutos.

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O marco, atingido na segunda-feira (21), é um avanço significativo na busca pela geração de energia por fusão. O objetivo da criação de um sol artificial é replicar os processos de fusão nuclear que ocorrem no Sol, gerando uma fonte de energia limpa e ilimitada.

A nova marca estabelecida pelo Institute of Plasma Physics (ASIPP) no Hefei Institutes of Physical Science (HFIPS) da Academia Chinesa de Ciências, supera em muito o recorde mundial anterior de 403 segundos, também estabelecido pelo EAST em 2023.

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Para atingir este objetivo, foram mais de 70 anos de pesquisas, uma vez que replicar nossa estrela envolve desafios enormes. Entre eles, alcançar temperaturas que excedem 100 milhões de graus Celsius, manter uma operação estável de longo prazo e garantir o controle preciso do processo de fusão.

Na ocasião do último experimento, em 2023, o sistema de aquecimento do EAST operava com a potência equivalente a quase 70.000 fornos de micro-ondas domésticos. Agora, essa potência dobrou.

Em um comunicado à imprensa, Song Yuntao, diretor da ASIPP e vice-presidente da HFIPS, disse que “um dispositivo de fusão deve atingir uma operação estável com alta eficiência por milhares de segundos para permitir a circulação autossustentável do plasma, o que é essencial para a geração contínua de energia de futuras usinas de fusão”.

Ainda segundo ele, o recorde recente é “monumental“, e “um passo crítico para a realização de um reator de fusão funcional”.

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