Não é de hoje que o candidato presidencial republicano e ex-presidente Donald Trump entra em atrito com o Google, e agora, ele promete processar a empresa caso consiga voltar ao comando dos Estados Unidos nas eleições de novembro. Ele acusa novamente o Gigante de Mountain View de favorecer a concorrente, a vice-presidente Kamala Harris, ao distribuir apenas histórias negativas sobre sua vida.
Trump anunciou a ameaça na tarde de sexta-feira (27), em uma publicação em sua plataforma TruthSocial: “Foi determinado que o Google usou ilegalmente um sistema de revelar e exibir apenas histórias ruins sobre Donald J. Trump, algumas inventadas para esse propósito, enquanto, ao mesmo tempo, revelava apenas histórias boas sobre a camarada Kamala Harris”.
O ex-presidente chamou as ações do Google de “ilegais” e declarou que, se ele tiver o poder e o Departamento de Justiça não fizer nada para colocar a empresa em risco legal, ele mesmo o fará. “Esta é uma ATIVIDADE ILEGAL, e espero que o Departamento de Justiça os processe criminalmente por esta flagrante Interferência nas Eleições. Se não, e sujeito às Leis do nosso País, solicitarei seu processo, nos níveis máximos, quando eu ganhar a Eleição e me tornar Presidente dos Estados Unidos!”
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O Google não se pronunciou sobre o caso desta vez, no entanto, já havia dito no passado que seu mecanismo de buscas não define agenda política. A empresa também costuma recorrer às diretrizes e regras de uso, que todos devem aceitar para usufruir seus produtos e serviços, para defender a escolha de temas e vídeos distribuídos por meio de seus algoritmos.
Trump, por sua vez, aproveita o atual atrito entre o Google e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que acusam a empresa de violar leis antitruste com seu negócio de publicidade. Uma decisão adversa pode levar o órgão exija que a controladora do Google, Alphabet, divida seus negócios em empresas independentes menores.
Vale destacar que em 2018, quando estava na Casa Branca, Trump acusou o Google de manipular resultados de pesquisa contra sua imagem. Na época, ele postou no Twitter que 96% dos resultados de uma busca vinham do que ele chamou de “mídia nacional de esquerda”, embora nenhum teste feito por vários veículos de imprensa tenha confirmado isso.
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