Tente adivinhar o animal: seus parentes mais próximos são os tubarões-mako, eles vivem em todos os principais oceanos e chegam a seis metros — se você chutou tubarão branco, acertou! Estes grandes predadores vivem até os 70 anos e são os mais famosos de seu gênero, mas levam uma indevida má fama de braveza.
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Os tubarões brancos (Carcharodon carcharias) são considerados por muitos como os maiores predadores do oceanos, embora existam controvérsias. Para conhecer a espécie a fundo, elencamos sete fatos curiosos e características incomuns sobre os tubarões brancos, para você nunca mais ficar sem assunto na mesa de bar. Vamos lá?
Nomenclatura do tubarão branco
Seu nome popular vem do fato de que muitos dos tubarões encalhados da espécie ficavam de barriga para cima, mostrando a parte branca da pele, diferente da parte de cima, que é cinzenta.
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Em inglês, o nome varia, sendo chamado também de grande tubarão branco (great white shark), termo que provavelmente surgiu para diferenciá-los dos tubarões-galha-branca-oceânicos, que já foram chamados de tubarões brancos.
Já no nome científico, Carcharodon, significa dente irregular, em grego, por conta do aspecto serrilhado dos seus dentes, enquanto kharkarias era o termo, em grego antigo, para tubarão.
Sangue quente e adaptações
Os tubarões brancos têm sangue quente, mas se adaptaram para manter uma temperatura corporal mais quente do que a água ao seu redor, facilitando a caça a presas rápidas. O estômago e outras partes do corpo ficam até 14º C mais quentes do que o ambiente, sendo aquecidos pelo sangue que viaja entre os músculos ativos. O coração e as brânquias, no entanto, ficam na temperatura do mar.
Além dos sete sentidos
Como todos os outros tubarões, os gigantes brancos possuem um sentido extra bastante incomum para nós: é a capacidade de detectar campos eletromagnéticos, habilidade conferida pelo órgão chamado “ampolas de Lorenzini”.
Com isso, detectam variações de meio bilionésimo de volt, o que lhes permite localizar presas imóveis apenas através de seus batimentos cardíacos, que usam impulsos elétricos.
Dieta e humanos
Grandes carnívoros, os tubarões-brancos gostam de comer peixes (incluindo outros tubarões), cetáceos (incluindo baleias e golfinhos), focas, leões marinhos, tartarugas e lontras marinhas. Eles preferem presas gordurosas, e testam a consistência e sabor das presas mordendo, o que pode explicar muitos dos ataques a humanos.
Pesquisas mostram que tubarões brancos não gostam do sabor humano, mas, como não somos tão presentes em seu habitat, eles só conseguem descobrir isso provando. Temos ossos demais para sua digestão e a maioria dos ataques para após a primeira mordida.
Acredita-se que os incidentes acontecem mais quando há baixa visibilidade, quando os tubarões nos confundiriam com focas. Eles são, inclusive, daltônicos, o que dificulta a identificação de humanos quando estão sobre pranchas. As carcaças de baleia estão entre uma das mais importantes fontes de alimento da espécie, pelo tamanho e taxa de gordura dos cetáceos.
Os maiores peixes predadores do mundo
Chegando a 6 metros de comprimento e mais de 2 toneladas nas fêmeas, que são maiores do que os machos, os tubarões brancos são os maiores peixes predadores do mundo. Os tubarões-baleia (Rhincodon typus), tubarões-frade (Cetorhinus maximus) e jamantas (Manta birostris) são maiores e mais pesados, mas, como são pacíficos e se alimentam filtrando o alimento da água, não oferecem competição.
Competição com orcas
Controvérsias sobre o fato do tubarão branco ser ou não o maior predador dos mares existem por conta de sua competição com as orcas. Essa guerra segue sendo travada, com diversos incidentes de orcas atacando e tendo sucesso em matar e comer os fígados de tubarões brancos enquanto estes já foram vistos matando e comendo orcas, sem um vencedor aparente.
Onde há ataques de orcas a eles, no entanto, as populações de tubarão tendem a desaparecer, evitando a área e a deixando para esses grandes golfinhos agressivos.
Vida em cativeiro
Tubarões brancos costumam migrar por longas distâncias, sofrem muito estresse na captura e contenção e são muito, muito exigentes na dieta, então é bastante difícil mantê-los em cativeiro.
Nenhum sobreviveu por mais de 11 dias preso antes de 1981, com uma jovem fêmea sendo a que mais durou, ficando 198 dias no Aquário de Monterey, nos Estados Unidos, antes de ser solta. Não há, atualmente, nenhum espécime sendo exposto em aquários pelo mundo.
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