A Estação Espacial Internacional (ISS) já opera há mais de 20 anos e continua mostrando sinais (esperados) de desgaste. Segundo um novo relatório do general George A. Scott, inspetor geral na NASA, os oficiais da agência espacial que atuam no programa da ISS estão bastante preocupados com uma pequena parte russa do complexo. O motivo? Há um vazamento ali desde 2019. 

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O vazamento está ocorrendo no módulo PrK, uma espécie de túnel pequeno que fica entre a câmara de descompressão das espaçonaves Progress e do módulo Zvezda, que é maior. Em fevereiro, a NASA observou que a taxa de vazamento ali aumentou de menos de uma libra de atmosfera para 2,4 libras por dia; em abril, a taxa subiu para 3,7 libras a cada dia. 

Módulo Zvezda na Estação Espacial Internacional (Imagem: Reprodução/NASA)

“Embora a causa principal do vazamento permaneça desconhecida, ambas as agências [dos Estados Unidos e da Rússia] restringiram seu foco às soldas internas e externas”, afirma o relatório de Scott. Por enquanto, a NASA vem tentando diminuir preocupações relacionadas à rachadura que causa o vazamento. 


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O problema é que, em junho, o incidente chegou ao nível máximo de preocupação na matriz de riscos da NASA, que classifica a probabilidade e consequências dos riscos das atividades espaciais; no momento, o vazamento foi classificado como 5 em relação à alta probabilidade e grandes consequências.

Até agora, o plano para mitigar os riscos é manter fechada a escotilha do módulo Zvezda, que dá no túnel PrK. Mas caso o vazamento piore, existe a possibilidade de que a escotilha precise ficar fechada permanentemente; se isso acontecer, a quantidade de portas de acoplagem da Rússia na estação espacial vai diminuir para três, sendo que há quatro delas atualmente. 

Vazamento na ISS 

Em uma entrevista coletiva realizada em 27 de setembro, antes do lançamento da missão Crew-9, à ISS, os oficiais da NASA participantes comentaram que houve progresso na redução da taxa de vazamento. Segundo Robyn Gatens, diretor do programa da estação espacial na sede da NASA, manutenções recentes reduziram o vazamento em cerca de 30%. 

O novo vazamento mostra o desgaste da ISS após mais de 20 anos de operação (Imagem: Reprodução/NASA)

“Vamos continuar trabalhando com eles para entender a origem do vazamento e como ela afetam a operação da estação espacial”, comentou Jim Free, administrador associado da NASA, sobre a parceria com a Roscosmos na investigação do incidente.

O relatório destaca que, segundo a NASA, a agência espacial russa Roscosmos confia que vai conseguir monitorar e fechar a escotilha antes que a taxa de vazamento torne-se insustentável. “No entanto, a NASA e a Roscosmos não chegaram a um acordo sobre o ponto em que a taxa de vazamento torna-se insustentável”, finalizou o documento. 

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