Muita gente que tem um dispositivo compatível com a Alexa está com a sensação de que, nos últimos meses, a assistente de voz da Amazon “emburreceu”. Essa percepção pode mudar na próxima semana, quando uma Alexa potencializada por IA deverá ser anunciada. Mas o que esperar dela?

Começa pela inteligência artificial generativa

Já existe inteligência artificial na Alexa, desde que a tecnologia surgiu, em 2014. Mas, em sua nova versão, é de se esperar que a assistente de voz seja capaz de dar respostas mais bem elaboradas ao usuário graças à sua integração a modelos de IA generativa.

Na prática, dever se como se a Alexa incorporasse o ChatGPT, ou seja, gerasse conteúdo (respostas) com base nas instruções dadas pelo usuário (prompts). A diferença aqui é que essa interação será feita predominantemente por voz.

Não está claro se é o ChatGPT que, de fato, será integrado à Alexa. Na verdade, os rumores dão conta de que a Amazon integrará a assistente à tecnologia da Claude AI. Veremos.

Integração aperfeiçoada com casa inteligente

Muita gente usa a Alexa para acender as luzes de casa, controlar a temperatura do ar-condicionado, acessar as câmeras de segurança do local, e assim por diante. Fala-se que a nova Alexa manterá o suporte a tudo isso, mas tentará automatizar tarefas relacionadas ao conceito de casa inteligente.

Um exemplo hipotético: a Alexa poderá aprender o horário que você costuma chegar em casa, bem como a temperatura que mais te agrada e, assim, ajustar o ar-condicionado automaticamente todos os dias, sem ser necessário dar comandos para isso.

O que mais podemos esperar da nova Alexa?

É de se esperar que a nova Alexa também seja mais precisa, sendo capaz de compreender até contextos para não dar respostas incoerentes ou não solicitadas pelo usuário.

Também existe a expectativa de que a nova Alexa funcione em dispositivos Amazon Echo atuais ou em aparelhos de outros fabricantes já existentes que são compatíveis com a assistente. Faz sentido, afinal, o processamento das interações com o usuário é feito a partir das nuvens.

Sobre a compatibilidade com idiomas, não está claro se a nova Alexa funcionará apenas em inglês na fase inicial. Mas, se isso acontecer, o suporte a outras línguas não deve demorar, afinal, as LLMs atuais já são capazes de lidar com múltiplos idiomas.

É verdade que a nova Alexa será paga?

A Amazon ainda não confirmou essa informação, mas há boas chances de que a Alexa “turbinada” com IA generativa seja paga, sim. Os rumores falam em um valor entre US$ 5 e US$ 10 (R$ 28,5 a R$ 57) por mês nos Estados Unidos.

Pelo menos dois fatores poderão justificar a possível decisão da Amazon de implementar um modelo de assinatura pela nova Alexa:

  • tarefas de IA demandam grande capacidade de processamento, e isso pode fazer a Amazon ter custos consideráveis com infraestrutura;
  • a Amazon nunca conseguiu tornar a Alexa um serviço realmente rentável, e a nova versão pode trazer essa oportunidade.

Para quem não estiver disposto a pagar, a versão atual da Alexa deverá continuar sendo oferecida, de graça. Provavelmente, ela será identificada como Classic Alexa (ou Alexa Clássica, no Brasil).

Não demorará para descobrirmos o que, de fato, a nova versão da assistente oferecerá. A Amazon deve revelar a Alexa com IA generativa em 26 de fevereiro. O Tecnoblog trará os detalhes, é claro.

A Alexa com IA generativa vem aí. O que podemos esperar dela?