Ilustração de impressão digital em um escudo
Impressão digital e reconhecimento facial são citados por brasileiros como dados associados a risco (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Uma pesquisa realizada pelo Cetic.br descobriu que 60% dos usuários dizem ficar “muito preocupados” ou “preocupados” com o fornecimento de dados biométricos.

O trabalho também revelou que os usos de impressão digital e de reconhecimento facial são os que mais despertam medo nos brasileiros. Nestes casos, a proporção de usuários que responderam estar “preocupados” ou “muito preocupados” chega a 82% e 86%, respectivamente.

Representação de reconhecimento facial (Imagem: Gerd Altmann/Pixabay)
Instituições financeiras causam mais apreensão (Imagem: Gerd Altmann / Pixabay)

Os usuários brasileiros ficam apreensivos ao fornecer dados biométricos para instituições financeiras (73% de respostas “muito preocupados” ou “preocupados”), órgãos do governo (73%) e transporte público (71%).

Os dados constam na segunda edição do estudo “Privacidade e proteção de dados pessoais: perspectivas de indivíduos, empresas e organizações públicas no Brasil”, realizado pelo Cetic.br a partir de dados inéditos coletados por diversas pesquisas com indivíduos, empresas e organizações públicas.

Maioria tem medo de comprar pela internet

De modo geral, transações financeiras estão associadas a um risco maior, na percepção das pessoas, mesmo quando não envolvem digitais ou reconhecimento facial.

De acordo com a pesquisa, a atividade que mais causa medo é fazer compras online, seja por sites ou aplicativos, com 56% dos usuários dizendo ficar “preocupados” ou “muito preocupados”. Logo em seguida, vem acessar páginas e apps de bancos, com 49% indicando uma dessas duas respostas.

Usuários não leem políticas de privacidade

Apesar da preocupação com a proteção dos dados biométricos, 58% dos entrevistados disseram concordar com políticas de privacidade sempre ou quase sempre sem ler.

A proporção de entrevistados que busca fazer reclamações, solicitações ou denúncias realizadas a dados pessoais é pequena: apenas 24% disseram já ter feito isso.

Entre estes, só 35% foram diretamente à Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Os caminhos mais procurados são a própria empresa ou órgão público controlador (77%), sites de reclamação para consumidores (69%) e órgãos de defesa do consumidor (51%).

Com informações: Cetic.br

Coleta de dados biométricos preocupa 60% dos brasileiros, segundo pesquisa