O internato Eton College, frequentado pela elite do Reino Unido, instituiu uma nova regra: nada de smartphones. Os estudantes do primeiro ano terão que deixar seus aparelhos modernos em casa e levar apenas o chip, que será colocado em um dumbphone da Nokia, sem acesso à internet.
A instituição não especificou qual modelo será entregue aos alunos. A HMD Global relançou vários aparelhos da marca finlandesa, como o “tijolão” 8210 (que, para ser justo, é menor e mais leve que vários smartphones por aí). Além dele, o portfólio tem produtos como o 105 e o 110, com recursos clássicos, como jogo da cobrinha e lanterna.
A proibição vale para quem está entrando na escola, aos 13 anos. Até o ano passado, eles eram obrigados a entregar os smartphones durante a noite. Um porta-voz do Eton College acrescenta que estudantes de outras séries continuam com controles apropriados a suas idades.
As novas normas vão entrar em vigor em setembro, quando voltam as aulas. O governo do Reino Unido publicou diretrizes sobre como as escolas podem lidar com smartphones, liberando, inclusive, a proibição completa. A intenção é minimizar as distrações e melhorar o comportamento em sala de aula.
Apesar de banir os smartphones, o colégio não é totalmente contra a tecnologia: os alunos receberão iPads para ajudar nos estudos.
Fundado em 1440, o Eton College cobra mais de R$ 300 mil por ano. Entre os ex-alunos famosos, estão os príncipes William e Harry, os escritores George Orwell e Ian Fleming, os ex-primeiros-ministros Boris Johnson e David Cameron e o ator Tom Hiddleston.
Proibição de smartphones na sala de aula é tendência
Em 2023, a Unesco alertou que o uso de equipamentos eletrônicos na sala de aula pode prejudicar a aprendizagem. Segundo a agência, um a cada quatro países já adotou proibições ou restrições.
Na França, isso é realidade há mais de cinco anos. Nos Estados Unidos, a cidade de Los Angeles não permite mais que estudantes usem estes aparelhos nas escolas. No estado de Nova York, um projeto de lei liberaria apenas celulares sem acesso à internet. Na Flórida, além da proibição, as escolas devem bloquear o acesso a redes sociais nas redes Wi-Fi.
No Brasil, a Assembleia Legislativa de São Paulo discute o tema. Nas escolas públicas estaduais paulistas, o acesso a redes sociais pelo Wi-Fi é bloqueado até mesmo para professores e funcionários.
Já a prefeitura do Rio de Janeiro baniu os aparelhos das escolas públicas municipais. Além destes exemplos, Roraima, Paraná, Maranhão, Distrito Federal, Rio Grande do Sul e Tocantins também adotaram normas do tipo.
Com informações: Engadget, CBS
Escola de elite no Reino Unido obriga alunos a usarem Nokia “tijolão”