A Meta anunciou nesta terça-feira (7) uma importante mudança no sistema de checagem de fatos da plataforma. As redes sociais da empresa não usarão mais uma equipe externa de fact checking para revisar informações, adotando no lugar disso um recurso de Notas da comunidade como já ocorre no X. O primeiro país a receber a ferramenta serão os Estados Unidos.

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A novidade foi divulgada por Mark Zuckerberg, CEO da Meta, em um vídeo no Instagram e no site oficial da empresa. Essa mudança é anunciada dias depois da big tech o republicano Joel Kaplan como novo presidente de políticas globais. Antes disso Kaplan ocupava o cargo de vice-presidente dessa diretoria.

Quando as notas da comunidade estrearão?

Mark Zuckerberg não especificou quando o recurso será lançado. O CEO da Meta apenas disse que as notas da comunidade serão liberadas “nos próximos meses” e primeiro nos Estados Unidos. A revisão de conteúdo será feita apenas em publicações de grande repercussão e com equipe interna.

No vídeo sobre a alteração do sistema de moderação, Zuckerberg cita que a equipe de moderadores é falha por apresentar um julgamento enviesado (visto os recorrentes anúncios de golpes no Instagram, esse enviesamento gosta de um Tigrinho). O CEO da Meta também critica a legislação da União Europeia que, em suas palavras, está institucionalizando a censura e “cortes secretas” de países latino-americanos.

Zuckerberg também revelou que as políticas de uso e conteúdo se tornarão menos restritivas. O chefão da Meta dá como exemplo os tópicos de imigração e gênero — não, ele não falou nada sobre o Instagram ser menos combativo contra criadores de conteúdo adulto que usam as redes da Meta para divulgar seus serviços.

Por que a Meta vai adotar as notas da comunidade?

As duas medidas, fim da equipe de moderadores e promoção de Kaplan, parecem acenos de Zuckerberg a Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos que assumirá o cargo no dia 20 de janeiro. O CEO da Meta também explica que Facebook, Instagram e Threads voltará a recomendar conteúdo político com mais frequência.

A mudança de posicionamento de Zuckerberg não chega a ser uma grande surpresa, visto que na transição de Trump I para Biden ele também adotou medidas para agradar o então novo presidente e seu público (como bloquear as contas de Donald Trump no Instagram e Facebook).

Assim como em 2019, durante a primeira presidência de Trump, ele fez um discurso na Universidade de Georgetown defendendo a liberdade de expressão absoluta.

Com informações de The Verge

Meta troca time de fact checking por Notas da Comunidade