O Windows 10 deixará de ser suportado pela Microsoft em outubro de 2025. Com isso, há quem espere que a companhia flexibilize os requisitos do Windows 11 para esse sistema ser instalado em PCs antigos. Mas a Microsoft acaba de avisar: o TPM 2.0, uma das principais exigências da versão, é “inegociável”.
TPM é a sigla para Trusted Platform Module. Esse é um recurso de segurança normalmente oferecido na forma de um chip integrado à placa-mãe do computador.
O TPM 2.0 é a versão mais recente dessa tecnologia. Em linhas gerais, cabe a ela lidar com chaves e números criptográficos, bem como com certificados e assinaturas digitais, de modo a evitar acesso não autorizado a recursos do sistema.
Pois bem, o TPM 2.0 é um dos requisitos do Windows 11. O problema é que esse item só está disponível em computadores ou placas-mãe recentes, em linhas gerais, com fabricação a partir de 2017. Esse é um dos fatores que impedem a instalação do Windows 11 em PCs antigos.
Microsoft: TPM 2.0 é necessário para um Windows 11 seguro
De acordo com Steven Hosking, gerente sênior de programa para Windows da Microsoft, o TPM 2.0 é necessário para tornar o Windows 11 mais seguro, razão pela qual o recurso foi definido como um padrão “inegociável” para o sistema operacional.
Isso significa que a companhia não irá deixar de exigir o TPM 2.0 para a execução do Windows 11 em um computador. Hosking explica tamanho rigor:
O TPM 2.0 ajuda a manter as suas identidades mais seguras e a sua proteção de dados mais robusta. Você pode assegurar a integridade do sistema operacional na inicialização? Sim. Você pode dar mais proteção a informações sensíveis e dados sigilosos? Sim.
Steven Hosking, gerente sênior de programa para Windows
Na sequência, o executivo lista uma série de características que tornam o TMP 2.0 necessário para o Windows 11, de acordo com o entendimento da Microsoft. Entre eles, estão:
- Criptografia padrão aprimorada: o nível de criptografia do TPM 2.0 é alinhado ao padrão ISO, o que significa que a tecnologia suporta uma grande variedade de algoritmos criptográficos, chaves e certificados;
- Isolamento aumentado: o TPM 2.0 isola processos criptográficos de modo a reduzir o risco de interceptações;
- Integração com os recursos de segurança do Windows: o TPM 2.0 é compatível com mecanismos como Windows Hello for Business, Credencial Guard e Microsoft BitLocker;
- Armazenamento de chaves de criptografia: o BitLocker usa o TPM 2.0 para proteger chaves criptográficas contra acesso não autorizado;
- Inicialização segura: o BitLocker também usa o TPM 2.0 para garantir que o sistema operacional inicialize com mais segurança.
Windows 10 chegará ao fim em outubro de 2025
Val lembrar que Microsoft encerrará o suporte oficial ao Windows 10 em 14 de outubro de 2025. Isso significa que, após dessa data, o sistema não será mais atualizado, nem mesmo para receber correções de segurança.
Organizações até poderão contratar serviços de suporte estendido, mas pagando por isso. Já usuários domésticos poderão estender o suporte ao Windows 10 pagando US$ 30. Contudo, essa opção será válida apenas por um ano.
Microsoft: exigência do TPM 2.0 para rodar o Windows 11 é inegociável