A Netflix continua crescendo, mas em um movimento desacelerado. De acordo com dados da consultoria LSEG, o serviço de streaming teria adicionado 4,82 milhões de novos assinantes entre abril e junho, sendo o menor aumento desde 2023. A empresa trabalha para crescer o número de usuários do seu plano com anúncios, que foi responsável por um aumento na receita.
Com o crescimento desacelerado, é possível dizer que a “lua de mel” da Netflix está acabando. O serviço de streaming teve um salto no número de assinantes após barrar o compartilhamento de senhas entre pessoas que moram em diferentes residências, mas os 4,8 milhões de novos clientes representam apenas a metade das adições do trimestre anterior.
Além disso, o serviço de streaming também teve reajuste de preços em maio. A Netflix aumentou a mensalidade no Brasil em até 13%, quebrando a barreira dos R$ 20 no plano Padrão com Anúncios.
Para os próximos meses, os analistas esperam grandes impactos na audiência da Netflix graças aos Jogos Olímpicos, que começam a partir de 26 de julho. No segundo trimestre, produções originais como Bridgerton e Bebê Rena lideraram a preferência do público.
Netflix foca em planos com anúncios em algumas regiões
Em maio, a Netflix divulgou que atingiu a marca de 40 milhões de assinantes. Além disso, a empresa revelou que 40% das contas correspondiam ao plano com anúncios nos países em que a modalidade está disponível.
Com o aumento de usuários nos planos com anúncios, a Netflix também espera aumento na receita com publicidade. Em alguns países, como nos Estados Unidos, a empresa interrompeu a comercialização do plano Padrão, forçando a migração de assinantes para o pacote com anúncios ou o Premium. Nada muda no Brasil, que continuará com as três opções.
Outra estratégia é oferecer combos com outros serviços de streaming. Uma operadora americana lançou um pacotão com Netflix, Apple TV+ e Peacock. No Brasil, a assinatura combinada está disponível em planos de TV da Claro e no celular pós-pago da TIM.
Com informações: Reuters
Netflix vê queda no crescimento após “lua de mel” com bloqueio de compartilhamento
