A OpenAI divulgou nesta quarta-feira (25) a saída de Mira Murati, diretora de tecnologia (CTO) da empresa. Além de Murati, mais dois executivos da companhia pediram as contas na data, incluindo Bob McGrew, diretor de pesquisa. Com a saída de Murati e McGrew, a OpenAI chega à marca de cinco desligamentos de diretores em 2024.
Em um memorando enviado aos funcionários da empresa, Murati cita que está saindo para “criar tempo e espaço” para fazer suas próprias explorações. A agora ex-CTO estava na OpenAI desde 2018 — antes mesmo do primeiro investimento da Microsoft. Outras fontes relatam que a criadora do ChatGPT quer se tornar uma empresa com fins lucrativos.
Saída de Mira Murati e outros executivos da OpenAI
Em uma publicação no X, o CEO e co-fundador Sam Altman da OpenAI explicou que a saída desses três executivos são independentes. Segundo o CEO, McGrew e Barret Zoph (vice-presidente de pesquisa) já haviam comunicado os planos se demitir da OpenAI.
Altman explica que a decisão de Murati, informada na manhã de quarta-feira, foi um fator para adiantar a saída dos outros dois executivos. O CEO diz que a remoção dos três profissionais facilitará a reestruturação do quadro de direção da OpenAI.
Murati participou de momentos marcantes da empresa, como assumir o cargo de CEO após o “golpe de estado” que removeu Altman da presidência da OpenAI. Após a reversão do “golpe”, Murati retornou para o cargo de CTO. Em maio, a engenheira liderou a apresentação do LLM GPT-4o — o evento virou notícia por dias pelo fato da voz de IA ser parecida com a voz de Scarlett Johansson.
Neste ano, alguns co-fundadores da OpenAI também saíram da empresa. John Schulman trocou a companhia pela rival Anthropic, enquanto o presidente Greg Brockman anunciou um ano sabático. Ilya Sutskever também saiu da OpenAI neste ano — e há dúvidas se o desligamento foi ou não amigável.
OpenAI deve pagar lucros em reestruturação
A reestruturação também deve envolver uma troca no status econômico da OpenAI. Uma fonte da CNBC relatou que a empresa quer permitir o recebimento de lucros. Atualmente, a OpenAI é divindade em duas partes: a fundação sem fins lucrativo e uma pessoa jurídica com fins lucrativos — que recebe os investimentos que financiam o desenvolvimento tecnológico.
O que a OpenAI quer agora é fazer um upgrade na PJ com fins lucrativos, deixando-a mais atrativa para investidores. Com essa alteração, Sam Altman estaria elegível para receber lucros de participação — o CEO terá 7% de participação segundo a fonte da CNBC.
Com informações: The Verge e CNBC
OpenAI comunica saída de Mira Murati e mais dois executivos