Já faz algum tempo que a Anatel planeja o lançamento da Origem Verificada, mas o identificador de chamadas inteligente vai atrasar mais um pouco até chegar na tela do seu smartphone. A funcionalidade, prevista para ser lançada no aniversário da agência, ainda não tem data para chegar.
De acordo com o Mobile Time, os responsáveis pelo projeto do Origem Verificada na Anatel estão alinhando uma nova data para o lançamento da funcionalidade, e provavelmente isso deve acontecer antes do final de 2024.
Como funciona a Origem Verificada?
A Origem Verificada é uma forma que a Anatel encontrou para aumentar a confiança do usuário de telefonia para atender chamadas de empresas. As empresas que aderirem ao projeto terão seu nome, logo e motivo da ligação exibido na tela do smartphone do recebedor.
A tecnologia é baseada nos protocolos STIR/SHAKEN e RCD, já utilizados em outros países como Estados Unidos e Canadá. O padrão permite a autenticação da chamada, garantindo que o selo de verificação somente seja exibido nas chamadas legítimas. Com isso, a agência espera combater spam, golpes e spoofing.
Grandes empresas devem adotar a Origem Verificada, como bancos e varejistas. Para o usuário, não há nenhum custo extra para receber as ligações verificadas; já as empresas precisarão arcar com a plataforma, que é coordenada pela ABR Telecom — a mesma entidade que cuida do processo de portabilidade numérica.
Milhões de pessoas ficam sem Origem Verificada
Existem alguns requisitos para que o Origem Verificada funcione. Em primeiro lugar, o smartphone deve ser compatível. Grandes fabricantes, como Motorola, Samsung e Apple já liberaram ou devem liberar atualizações do sistema operacional para o funcionamento do identificador inteligente.
Outro ponto de atenção é que os smartphones somente exibirão o selo de verificação caso estejam conectados em redes 4G ou 5G com a tecnologia VoLTE ativa. No momento, apenas TIM e Vivo oferecem a funcionalidade a todos os clientes, enquanto a Claro restringe as chamadas por 4G apenas para usuários do pós-pago, que custam mais de R$ 100 mensais na versão de entrada do portfólio.
A Claro tem ao menos 35 milhões de linhas que não devem funcionar com a Origem Verificada. Na prática, esse número é ainda maior, visto que o serviço não está disponível para clientes com plano controle ou Claro Flex.
Além disso, nem toda linha pós-paga da Claro tem a tecnologia VoLTE ativa, exigindo que o consumidor procure o atendimento da operadora para habilitar a funcionalidade.
Origem Verificada: Anatel adia novo identificador de chamadas antigolpes