A Samsung está tomando uma medida mais firme para entender os problemas do Exynos e da sua foundry, divisão responsável pela produção de chips. Segundo o jornal sul-coreano Chosun, a empresa iniciou uma auditoria nessas duas divisões. Esse processo é um dos primeiros realizados pelo Escritório de Diagnóstico de Gerência, uma espécie de DOGE da Samsung.

O DOGE é um órgão governamental dos EUA liderado por Elon Musk. A comparação entre ele e o setor de auditoria da Samsung vem dos objetivos de buscar mais eficiência na gestão.

Por que a Samsung fará uma auditoria em duas divisões?

A Samsung LSI, setor que fabrica o Exynos e os sensores Isocell, e a sua foundy estão entregando resultados que não condizem com os enormes investimentos feitos nos últimos anos.

Começando pelo Exynos, o caso mais conhecido. A Samsung produziu alguns processadores problemáticos recentemente. O Exynos 2200, por exemplo, teve um desempenho tão fraco que a linha Galaxy S22 não teve uma edição FE.

Isso ainda levou a Samsung LSI a abandonar o Exynos 2300 para focar em resolver problemas de desenvolvimento dos SoCs. O Exynos 2400 chegou em um bom nível, mas o Exynos 2500 não foi finalizado a tempo do S25.

No ano passado, a divisão LSI teve uma perda financeira entre 4 trilhões e 5 trilhões de won (R$ 19,9 bilhões). Os sensores Isocell, ainda que não aparentem ter problemas de desempenho, a fatia de mercado da Samsung nesse segmento caiu para menos de 20% — a Sony segue líder indisputada.

O setor de fabricação de chips parece ser o caso mais grave. Em 2019, a Samsung prometeu que até 2030 a divisão receberá um investimento total de R$ 677,1. Contudo, desde então a foundry não reverteu esse valor em crescimento de mercado. O market share caiu de 19,1% para 8,2% no ano passado.

O sonho da Samsung é ser a maior fabricante de chips do mundo, mas está difícil superar a TSMC e conseguir um alto desempenho nos nós de 4 nm e menores.

Com informações de SamMobile e Chosun

Samsung usará seu próprio DOGE para analisar divisão do Exynos